Qualquer sociedade humana possui símbolos que expressam mitos, crenças, fatos, situações ou ideias. Eles são dinâmicos, vivos e vão além do consciente. Um símbolo é a representação de algo que é mais do que o objeto visível e palpável, pois inclui sentidos ocultos e associados àquilo que representa.

Usar um símbolo para expressar ideias, possibilita uma compreensão de todos os significados nele explícitos e implícitos. Ele é um caminho circular, total, abrangente e dinâmico. O próprio símbolo não pode ser definido, pois rompe os limites da lógica, sendo capaz até de reunir em si opostos e extremos. Símbolos são a comunicação consciente da mente subconsciente. Eles são o veículo de comunicação entre a psique individual e o inconsciente coletivo, onde os Arquétipos ganham forma. Os arquétipos, por sua vez, são sistemas de significação e servem para designar as ideias como modelos de todas as coisas existentes, tendo por definição uma essência atemporal.

O psiquiatra e psicoterapeuta Carl Jung, um dos estudiosos mais respeitados do século XX no assunto, definiu o arquétipo como uma espécie de imagem apriorística incrustada profundamente no inconsciente coletivo da humanidade, refletindo-se em diversos aspectos da vida humana, como em sonhos ou em narrativas. Além disso, Jung dizia que imagens internas não são inanimadas, mas contém movimento e vida em si mesmas, podendo gerar sensações, emoções e associações reais.

Assim, há, em cada símbolo, um conteúdo profundo que só pode ser apreendido por meio da intuição, e sua compreensão pode gerar um insight e um salto evolutivo na vida psíquica do indivíduo.

Os polígonos da geometria são uma linguagem arquetípica que reconstroem uma ligação entre o ser humano e o cosmos. Cada arquétipo geométrico é uma imagem de síntese. O uso consciente dessas figuras geométricas pode atuar sobre nosso campo energético e criar uma conexão entre o sublime e o concreto, entre o abstrato e o manifesto, entre o céu e a terra, entre o divino e o profano.

E é nesse tópico sobre polígonos e o que eles podem representar onde vamos começar a nos aprofundar em nossa conversa sobre Geometria Sagrada.

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